Quando precisa operar um nódulo na tireoide?

A maioria dos nódulos na tireoide não precisará de tratamento cirúrgico, mas isso pode ser necessário nos seguintes casos:

• Crescimento progressivo, suspeita ou diagnóstico de malignidade: o exame de ultrassonografia pode detectar se o nódulo possui características suspeitas sinalizadas no sistema TI-RADS e ou CHAMMAS, que são métodos adotados internacionalmente para avaliar o risco dos achados ultrassonográficos. Nessa situação o médico especialista poderá solicitar a investigação com uma punção biopsia por agulha fina (PAAF) do nódulo, para que o seu conteúdo seja analisado (avaliação citológica), confirmando ou não o diagnóstico de câncer.
• Hipertireoidismo: quando um nódulo benigno interfere no funcionamento da tireoide, aumentando a produção de hormônios além dos níveis de normalidade, e o controle medicamentoso ou por radioiodoterapia não sejam efetivos ou não indicados. Esta condição também é conhecida como nódulo ou adenoma tóxico (Plummer).
• Sintomas compressivos: quando um nódulo benigno atinge proporções que causem desconforto como a compressão da garganta, dificuldade de engolir, respirar e/ou falar.
• Nódulo maior que 4cm: quando um nódulo benigno aumenta de tamanho excessivamente.
• Problemas estéticos: quando um nódulo benigno incomoda por alterar a aparência do pescoço.

Cirurgia de Nódulo Tireoide

Nos casos acima é recomendável fazer a excisão do nódulo por meio da Cirurgia de Tireoide. Vamos conhecê-la?

Tireoidectomia é perigosa? Quais são os riscos?

Na maioria dos casos há uma incidência baixa de problemas, mas sempre existirá algum risco de complicações cirúrgicas como lesão da pele, perda temporária de mobilidade, fibrose da região, hematoma, seroma, hipoparatireoidismo (alteração da vascularização das paratireoides com queda dos níveis de cálcio sistêmico, refletindo em câimbras e formigamentos), infecção de sítio cirúrgico, alterações na voz por paralisia ou paresia da prega vocal (por alteração na condução elétrica do nervo laríngeo, por trauma físico ou térmico), ou seja, riscos inerentes aos procedimentos cirúrgicos desse tipo.

A tireoidectomia é um procedimento que requer conhecimento específico e cuidado do cirurgião durante a retirada do tumor, pois o pescoço é uma área delicada, por onde passam estruturas importantes como os pares cranianos, nervos responsáveis por funções sensitivas e motoras, além das artérias carótidas e veias jugulares.

Tendo isso em vista, para oferecer maior proteção ao paciente durante a realização do procedimento, o cirurgião utiliza o “sistema de monitorização do nervo”, que permite acompanhar a eletroneuromiografia durante o procedimento e visualmente assegurar o trajeto e integridade das estruturas neurais do pescoço (nervo vago e laríngeos superior e inferior), para eliminar ou minimizar o risco de lesão, assim como gerar documentação.

A cirurgia de tireoide deixa cicatriz?

Sim. A incisão da cirurgia para retirada da glândula deixa uma cicatriz na parte da frente do pescoço. Na maioria dos casos ela é discreta, pois os cirurgiões optam por fazer o corte próximo às dobras naturais do pescoço.

Cirurgia de Tireoide Antes e Depois

Também é possível fazer a cirurgia de tireoide por via transoral (pela boca) ou por via retro auricular (atrás da orelha), sem ou com tecnologia assistida por robô, nesses casos as incisões ficam em áreas não visíveis, sem cicatriz aparente.

Quais as consequências da Tireoidectomia? Será preciso complementar a Cirurgia de Tireoide com outros tipos de tratamento?

Em algumas circunstâncias sim. Quando a retirada da tireoide for total ou se a retirada parcial afetar sua função de modo prejudicial, será necessário tomar medicação para repor a função da glândula, mas isso não gera problema algum ao paciente, pois o hormônio sintético é exatamente igual ao produzido naturalmente pela glândula tireoide.

Em alguns casos de tireoidectomia parcial, em que haja recidiva do bócio (aumento benigno da tireoide), surgimento de novos nódulos ou evolução para a malignidade, pode ser necessária a totalização da tireoidectomia, ou seja, a retirada do restante da glândula.

Nos casos de câncer de tireoide de alto risco, após a cirurgia pode ser indicada a radioiodoterapia. Nesse tratamento, a ingestão controlada de uma pequena quantidade de iodo radioativo (I 131) é feita para destruir o tecido tireoidiano que não pôde ser removido através da cirurgia ou que remanesceu. O tratamento com iodo radioativo também funciona para tumores que tenham se espalhado pelos linfonodos ou outros órgãos.

Além da terapia com iodo radioativo, o médico poderá optar também por tratamentos como a Radioterapia, Quimioterapia e Hormonioterapia, em casos específicos de tumores indiferenciados ou que fujam à regra.

Qual o preço da Cirurgia de Tireoide?

O valor da cirurgia da tireoide pode variar de acordo com a indicação e o tipo de cirurgia, equipe médica que realizará o procedimento e a escolha do local onde será realizada, devendo ser informada ao paciente pelo cirurgião que o atenderá durante a consulta médica.  

Em geral, os convênios médicos possuem cobertura para esse procedimento e ele também pode ser realizado mediante reembolso do plano de saúde ou de forma particular. 

A cirurgia assistida por tecnologia robótica não pertence ao rol de tratamentos básicos da ANS para tireoide, nesse caso a maioria dos convênios médicos não possuem cobertura ou reembolso para esse procedimento, que pode ser feito então através de acordos particulares. 

Para agendar uma consulta e obter informações sobre quanto custa a cirurgia da tireoide particular ou, se deseja saber quais são os planos de saúde e hospitais atendidos pela Dra. Christiana, por favor entre em contato com nosso atendimento por telefone ou whatsapp. 

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