Cirurgia de Cabeça e Pescoço

Cirurgia de Cabeça e Pescoço

Cirurgia de Cabeça e Pescoço

A cirurgia de cabeça e pescoço é uma especialidade médica abrangente que trata de uma variedade de condições, tanto benignas quanto malignas, que afetam as estruturas da região cervical e craniana, excluindo o cérebro e a coluna vertebral. Este campo desafia os cirurgiões a dominar uma anatomia complexa, uma variedade de doenças e técnicas cirúrgicas sofisticadas para oferecer o melhor cuidado aos pacientes.

Condições Tratadas pelo Cirurgião de Cabeça e Pescoço

Os cirurgiões de cabeça e pescoço lidam com tumores (cancerosos e não cancerosos) da boca, garganta, laringe, nariz, seios paranasais, glândulas salivares, tireoide, paratireoide, pele, doenças vasculares, linfáticas, ósseas e outros. Eles também tratam condições como além das doenças da tireoide, apneia obstrutiva do sono, deformidades faciais congênitas, doenças dos ouvidos e distúrbios das glândulas paratireoides. Lesões traumáticas e anormalidades congênitas que requerem reconstrução facial ou reparo também entram neste campo. 

Cirurgia de Cabeça e Pescoço

Cirurgia de Cabeça e Pescoço

Cirurgia Robótica de Cabeça e Pescoço

Cirurgia Robótica de Cabeça e Pescoço

Vamos saber mais sobre cada tipo de cirurgia de cabeça e pescoço a seguir:

Cirurgias da Cavidade Oral, Orofaringe e Laringe (Garganta)

Cirurgia de Tumores da Boca e Língua

A cirurgia para remover tumores da boca e da língua é frequentemente complexa devido à necessidade de preservar a função da fala e a capacidade de mastigação e deglutição. Os procedimentos variam de excisões locais para tumores menores e mais superficiais, a ressecções mais amplas, que podem incluir partes da mandíbula ou do palato, dependendo da localização e extensão do tumor. 
Quando o tumor é grande ou sua localização dificulta a remoção, podem ser necessárias reconstruções com retalhos de tecidos transferidos de outras partes do corpo. Em casos de câncer avançado, a cirurgia pode ser combinada com radioterapia e/ou quimioterapia.

Cirurgia de Câncer de Amígdalas

A cirurgia de câncer de amígdalas é normalmente realizada quando há aumento do volume com infecções de repetição ou alteração da fala ou do sono ou quando se detecta um tumor maligno nas amígdalas, que são duas massas (bilaterais) de tecido linfático localizadas na parte posterior da garganta. 

Dependendo do estágio e do tipo do câncer, o procedimento pode variar desde uma amigdalectomia simples (remoção das amígdalas) até uma amigdalectomia radical, que pode incluir a remoção de tecido adicional ao redor das amígdalas e linfonodos adjacentes no pescoço, conhecida como dissecção cervical.

Cirurgia de Câncer de Amígdalas

A cirurgia de câncer de amígdalas é normalmente realizada quando há aumento do volume com infecções de repetição ou alteração da fala ou do sono ou quando se detecta um tumor maligno nas amígdalas, que são duas massas (bilaterais) de tecido linfático localizadas na parte posterior da garganta.

Dependendo do estágio e do tipo do câncer, o procedimento pode variar desde uma amigdalectomia simples (remoção das amígdalas) até uma amigdalectomia radical, que pode incluir a remoção de tecido adicional ao redor das amígdalas e linfonodos adjacentes no pescoço, conhecida como dissecção cervical.

Cirurgia de Câncer de Faringe

A cirurgia para o câncer de faringe visa remover tumores localizados na faringe, o tubo muscular que vai da parte posterior do nariz até o esôfago. O câncer de faringe pode afetar três áreas principais: a nasofaringe (atrás do nariz), a orofaringe (onde estão localizadas as amígdalas) e a hipofaringe (acima do esôfago e da laringe). 
O tipo de cirurgia necessária depende da localização e do estágio do câncer. As opções cirúrgicas podem incluir uma faringectomia parcial, onde apenas a parte afetada da faringe é removida, ou uma faringectomia total, na qual toda a faringe é removida. 

Cirurgias da Laringe e Traqueia

Câncer de Laringe

O câncer de laringe atinge a região da garganta responsável por funções vitais como fala, respiração e deglutição. Dependendo do estágio do câncer, a abordagem cirúrgica pode variar desde procedimentos menos invasivos, como a cordectomia (remoção de uma parte das cordas vocais, uni ou bilaterais), até intervenções mais radicais, como a laringectomia parcial ou total. A escolha do procedimento leva em consideração a extensão do tumor, com o objetivo de erradicar o câncer enquanto se tenta preservar ao máximo a funcionalidade da laringe, ou quando não é possível preservar, reconstruir sua funcionalidade.
Em casos de laringectomia total, onde toda a laringe é removida, os pacientes enfrentam mudanças significativas, como a respiração através de um estoma e a necessidade de aprender métodos alternativos de comunicação. As cirurgias de câncer de laringe são desafiadoras e requerem um cuidadoso planejamento pré e pós-operatório para assegurar não apenas a eficácia no tratamento do câncer, mas também a reabilitação e adaptação do paciente às mudanças na fala e na respiração.

Estenose Traqueal

A estenose traqueal, um estreitamento anormal da traqueia, pode exigir uma intervenção cirúrgica para restabelecer a via aérea adequada. O tratamento pode incluir a dilatação traqueal, onde a traqueia é alargada usando-se balões ou instrumentos especiais, ou a traqueoplastia, uma cirurgia para reconstruir a traqueia danificada. 
Em casos severos, uma parte da traqueia pode ser removida e as extremidades saudáveis reconectadas, um procedimento conhecido como ressecção traqueal com anastomose primária.

Cirurgias das Glândulas Salivares

Tumores das Glândulas Salivares

Os tumores das glândulas salivares, que podem surgir em qualquer uma das glândulas produtoras de saliva, são frequentemente tratados com cirurgia. A parotidectomia, a remoção da glândula parótida, é um procedimento comum. 
O foco é a remoção cuidadosa do tumor, garantindo simultaneamente a preservação do nervo facial, que atravessa o espaço entre as porções superficial e profunda da glândula parótida. Tumores em glândulas menores podem exigir procedimentos mais detalhados devido à sua localização e proximidade com outras estruturas vitais, sejam eles benignos ou malignos.

Cirurgias da Tireoide e Paratireoide

Cirurgia de Câncer de Tireoide

O tratamento cirúrgico do câncer de tireoide normalmente envolve a remoção total ou parcial da tireoide, conhecida como tireoidectomia total ou lobectomia tireoidiana. A extensão da cirurgia depende do tamanho do tumor e se há sinais de disseminação. Muitas vezes, a cirurgia é seguida de tratamento com iodo radioativo para destruir o tecido tireoidiano restante e possíveis células cancerosas remanescentes.

Doenças Benignas da Tireoide

As doenças benignas da tireoide, como bócios e nódulos não cancerígenos, podem também necessitar de intervenção cirúrgica, especialmente se causarem sintomas obstrutivos ou cosméticos. A lobectomia, a remoção de um lobo da tireoide, ou a tireoidectomia subtotal, podem ser indicadas nesses casos.
A radioablação da tireoide representa um avanço significativo no tratamento de nódulos tireoidianos e algumas formas de hipertireoidismo, oferecendo uma alternativa minimamente invasiva à cirurgia tradicional. Este procedimento utiliza radiação para destruir seletivamente o tecido tireoidiano anormal, sem necessidade de incisões, o que significa que os pacientes podem evitar cicatrizes cirúrgicas. Além de ser esteticamente vantajoso, a radioablação apresenta uma recuperação rápida e um menor risco de complicações quando comparada à cirurgia convencional. Essa técnica é particularmente atraente para pacientes que buscam uma solução eficaz para seus problemas tireoidianos, mas desejam minimizar o impacto estético e o tempo de recuperação associados ao tratamento.

Hiperparatireoidismo

O hiperparatireoidismo é muitas vezes tratado com a remoção de uma ou mais glândulas paratireoides hiperfuncionantes, num procedimento chamado paratireoidectomia. 
Esta cirurgia requer uma identificação precisa das glândulas afetadas, que por vezes pode ser auxiliada pelo uso de técnicas de localização intraoperatória, como a sonda de detecção de radionuclídeos.
Para realizar a cirurgia, diferentes abordagens podem ser consideradas, incluindo o acesso convencional, transvestibular ou retroauricular, além de técnicas minimamente invasivas como a laparoscopia ou a cirurgia robótica, escolhidas com base na situação específica do paciente para assegurar a eficácia e minimizar o impacto do procedimento.

Cirurgias Oncológicas do Pescoço

Dissecção de Linfonodos (Esvaziamento Cervical) 

Quando há câncer metastático no pescoço, uma dissecção cervical pode ser realizada para remover linfonodos e tecidos possivelmente afetados. A extensão do esvaziamento cervical depende da localização e do número de linfonodos envolvidos. Essa cirurgia é fundamental no controle local do câncer de cabeça e pescoço e é muitas vezes combinada com outras terapias para maximizar as chances de cura.

Cirurgias Reconstrutivas e Plásticas

• Reconstrução Facial: Após traumas ou remoção de tumores, a reconstrução facial usa enxertos e retalhos para restaurar a estética e função.

• Reconstrução da Mandíbula: Procedimentos avançados utilizando enxertos ósseos ou retalhos microvasculares podem ser necessários após a remoção de tumores mandibulares.

Cirurgias para Correção de Deformidades e Malformações Congênitas

• Fenda Palatina e Labial: Cirurgias corretivas para reparar essas malformações, melhorando a função da fala e a alimentação.

• Deformidades Craniofaciais: Intervenções para corrigir anormalidades do crânio e face, melhorando tanto função quanto estética.
• Cisto Tireoglosso: A cirurgia para remover um cisto tireoglosso envolve a excisão do cisto e do trato tireoglosso, assim como a porção central do osso Hioide, uma via que pode ter restos teciduais desde a base da língua até a glândula tireoide, através de um procedimento conhecido como operação de Sistrunk, minimizando o risco de recorrência.
• Cisto Branquial: Esta cirurgia visa a remoção completa do cisto branquial, uma estrutura anormal, por falha de involução embriológica, que se forma a partir de tecido remanescente do desenvolvimento embrionário do pescoço. A intervenção cirúrgica assegura a eliminação do cisto e do trajeto fistuloso associado, prevenindo infecções recorrentes.
• Colobomas: A correção cirúrgica de colobomas, defeitos pré auriculares, que formam sinus na estrutura da orelha, também por falhas embriológicas do primeiro arco branquial. Dependendo do tipo e localização do coloboma, diferentes técnicas cirúrgicas podem ser aplicadas para otimizar os resultados estéticos e funcionais.

Cirurgias para Tratamento de Doenças Obstrutivas

• Apneia Obstrutiva do Sono: Uvulopalatofaringoplastia e outras cirurgias para remover tecido excessivo e aliviar a obstrução das vias aéreas.

Cada tipo de cirurgia requer um entendimento aprofundado das estruturas anatômicas e funções complexas envolvidas, além de uma avaliação cuidadosa dos riscos e benefícios para o paciente. O campo da cirurgia de cabeça e pescoço está sempre em busca de novas técnicas e tecnologias para melhorar os resultados e a qualidade de vida dos pacientes após o tratamento.

Procedimentos Cirúrgicos em Cabeça e Pescoço

Os procedimentos vão desde cirurgias minimamente invasivas, como as endoscópicas, robóticas até intervenções mais complexas, como a remoção de tumores extensos e reconstruções microvasculares. 

A Dra. Christiana Vanni é especialista nesse tipo de cirurgias complexas e defendeu a tese "Retalho miocutâneo de peitoral maior na reconstrução dos defeitos da cabeça e pescoço: estudo anatômico" em seu doutorado no Programa de Clínica Cirúrgica da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP).

A cirurgia robótica e o uso de técnicas de imagem avançadas para uma navegação precisa tornaram-se práticas comuns, permitindo intervenções com menos morbilidade e recuperações mais rápidas.

Avanços Tecnológicos

O desenvolvimento de novas tecnologias, como a cirurgia assistida por robô e a radioterapia de intensidade modulada (IMRT, no Brasil), está aprimorando a preservação de funções vitais e melhorando os resultados estéticos. A integração de terapias adjuvantes, como quimioterapia e radioterapia, assim como a imunoterapia, juntamente com a cirurgia, também tem sido crucial no tratamento de cânceres de cabeça e pescoço.

Desafios e Considerações

Devido à complexidade dos tecidos, nervos e estruturas envolvidos, a cirurgia de cabeça e pescoço deve equilibrar a remoção eficaz do tecido doente com a preservação da função. Aspectos como fala, deglutição, expressão facial e aparência física são considerações vitais. Portanto, muitas vezes envolve uma equipe multidisciplinar, incluindo oncologistas, radioterapeutas, patologistas, psicólogos, assistentes sociais, enfermeiros, fisioterapeutas e especialistas em reabilitação da fala (fonoterapia).

O futuro da cirurgia de cabeça e pescoço inclui o aprimoramento da medicina personalizada, onde as terapias são adaptadas ao perfil genético dos tumores de cada paciente. Além disso, há um foco crescente em pesquisas para entender melhor os mecanismos das doenças para desenvolver novas terapias alvo.

A cirurgia de cabeça e pescoço é um campo dinâmico e em constante evolução, que oferece esperança e melhora na qualidade de vida para pacientes enfrentando algumas das condições mais desafiadoras. Para aqueles que precisam dessa especialidade, é reconfortante saber que existem cirurgiões altamente qualificados e dedicados, apoiados por avanços tecnológicos e uma compreensão profunda da complexidade da medicina humana.

Cirurgião de Cabeça e Pescoço

Se você está enfrentando problemas de saúde relacionados à cabeça ou ao pescoço e busca uma especialista experiente e dedicada, a Dra. Christiana Vanni é a profissional que pode ajudá-la(o) a encontrar o melhor caminho para sua recuperação. 

Com vasta experiência em cirurgias complexas e um profundo compromisso com o bem-estar de seus pacientes, a Dra. Christiana Vanni utiliza as mais modernas técnicas e tecnologias para assegurar resultados eficazes e satisfatórios. 

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