Tratamento de Câncer de Pele
O que é Câncer de Pele?
O câncer de pele é uma doença relacionada a anormalidades nas células da derme ou epiderme (camada mais superficial da pele). Os tumores malignos de pele surgem quando mutações nas células provocam sua multiplicação de forma incomum, ou seja, quando células doentes perdem a sua capacidade de apoptose (morte programada) e passam a se replicar de maneira rápida e desordenada, levando a alterações na pele que são, na maioria dos casos, perceptíveis a olho nu, como pintas, manchas, bolhas, verrugas, elevações e depressões.
No Brasil, o câncer de pele é o mais comum entre todos os outros tipos de cânceres, representando 33% do total de casos da doença. Segundo o relatório “Estimativa 2020: Incidência de Câncer no Brasil”, do Instituto Nacional do Câncer (INCA), estima-se que para o triênio de 2020 a 2022 surjam em torno de 185 mil novos casos por ano, com um índice médio de incidência de 83 para cada 100 mil pessoas.
O câncer de pele tipo não melanoma é o mais frequente em ambos os sexos, correspondendo a 95% dos casos, enquanto o tipo melanoma (mais agressivo) corresponde apenas a 5% do total.
O número de casos de câncer de pele tem aumentado nos últimos anos e acredita-se que essa mudança seja decorrente de vários fatores como: o avanço das tecnologias diagnósticas, o aumento da expectativa de vida, o aumento da radiação solar e do número de pessoas expostas a ela.
Fatores de Risco para o Câncer de Pele
Tomar sol é importante para a saúde, em especial para a produção de vitamina D, mas a exposição prolongada a ele, principalmente nas 2 primeiras décadas de vida, sem proteção solar, são o principal fator para o desenvolvimento do câncer de pele.
A radiação ultravioleta (UVA e UVB) emitida pelo sol possui efeito cumulativo na pele, gerando danos ao DNA celular, que a longo prazo podem desencadear neoplasias.
A exposição à radiação em câmeras de bronzeamento artificial também aumenta o risco para ter a doença. Atualmente descobriu-se que até a luz visível pode constituir um fator de risco para o desenvolvimento de câncer de pele, por essa razão recomenda-se o uso de protetor solar durante o dia, mesmo dentro de casa.
Estudos indicam que o câncer de pele tenha maior incidência em pessoas de pele e olhos claros, os chamados caucasianos (principalmente loiros, ruivos e albinos), acima dos 40 anos de idade, embora com a maior exposição de indivíduos jovens aos raios solares, esse perfil etário venha se modificando. Pessoas com histórico familiar da doença também possuem risco aumentado e devem fazer checkups regulares para prevenção da doença.
Por que existe maior incidência de câncer de pele no rosto?
O rosto é uma das áreas do corpo mais expostas ao sol, por essa razão é alta a incidência de câncer de pele nessa região, sendo mais comuns os tumores de pele no nariz e orelhas. Também existe alta taxa do desenvolvimento de câncer no couro cabeludo, pescoço e colo, mãos e braços.
É possível prevenir o Câncer de Pele?
Sim. É possível prevenir o câncer de pele adotando uma rotina de cuidados pessoais:
- Realize check-ups periódicos da pele com médico especialista em câncer de pele.
- Evite o contato direto com os raios ultravioletas do sol, principalmente nos períodos mais quentes do dia, entre as 10 e 16 horas.
- Em ambientes ao ar livre use chapéu, roupas com proteção solar que contenham o símbolo FPU 50+ e óculos com proteção.
- Aplique diariamente o protetor solar contra radiação UVA e UVB com fator 30 (no mínimo), em todas as áreas do corpo que ficam expostas.
- Em caso de suor excessivo, ducha ou mergulho na água reaplique o protetor solar a cada duas horas.
Uma dica importante: cada protetor solar é desenvolvido para a localização em que vai ser usado, por isso, comprar protetor na Austrália e usar no Brasil não será eficiente. Note que cada região tem sua particularidade da camada de ozônio e cada população um tipo de pele.
Toda pinta é cancerígena?
Não, a maior parte das pintas que surgem na pele é benigna. É muito importante observar se houve alteração na aparência do sinal, pois essa é a principal condição para levantar suspeita de malignidade, uma vez que existem pintas que podem se transformar em tumores cancerígenos com o passar do tempo.
Conheças a seguir as principais alterações que podem ser indicativas do câncer de pele.
Sinais de Câncer de Pele
Os principais sinais do câncer de pele podem ser percebidos visualmente, conheça as características de alterações da pele como mudanças de cor, da textura, manchas, bolhas, verrugas, elevações, depressões e pintas que são perigosas:
- Ferida na pele que não cicatriza em 4 semanas
- Tamanho maior que 6 milímetros
- Crescimento progressivo
- Bordas irregulares
- Mudança de coloração
- Coceira ou ardência
- Sangramento
- Aspereza
- Descamação
- Inflamação
Saiba mais sobre os Sintomas de Câncer de Pele.
Caso você note algum desses sinais em sua pele marque uma consulta com um especialista em câncer de pele. A avaliação de um profissional qualificado é imprescindível para o diagnóstico correto e, quanto antes identificado, maiores são as chances de êxito do tratamento.
Tipos mais Comuns de Câncer de Pele
A classificação do câncer de pele é dividida em tumores não melanoma, os mais frequentes e menos graves, que podem ser do tipo carcinoma basocelular (CBC), principalmente, ou do tipo carcinoma espinocelular (CEC), também denominado carcinoma epidermóide ou de células escamosas; e em tumores do tipo melanoma, mais raros, porém muito agressivos e letais, pelo risco aumentado de gerar metástase, disseminando a doença para outras partes do corpo.
Existem ainda outros tipos de câncer de pele menos comuns como Carcinoma de Células de Merkel, Sarcoma de Kaposi, Linfomas Cutâneos, Tumores Anexiais e Sarcomas.
Saiba mais sobre os Tipos de Câncer de Pele.
Como detectar o Câncer de Pele? (Dignóstico e Exames)
Os principais métodos para detectar o câncer de pele são a dermatoscopia e a avaliação clínica realizada pelo médico especialista.
A dermatoscopia também é conhecida como microscopia de superfície, dermoscopia ou microscopia de epiluminescencia. Este é um método não invasivo essencial para o diagnóstico precoce dos diversos tipos de câncer de pele, pois permite identificar tumores malignos em estágios iniciais, que seriam impossíveis de se reconhecer a olho nu.
O dermatoscópio, equipamento utilizado para realização do exame, pode ser acoplado a câmeras fotográficas e smartphones para capturar imagens que permitirão avaliar precisamente as lesões de pele e sua evolução, além de permitir a visualização da estrutura mais profunda da pele, por meio de um sistema de luzes.
Se ao final dessa avaliação houver a suspeita de malignidade, o médico poderá pedir outros exames como a dermatoscopia digital, a microscopia confocal, exames de imagem ou mesmo indicar o procedimento de retirada cirúrgica da lesão por completa ou de parte dela com a realização da biópsia. Lembrando que qualquer tecido retirado de qualquer parte do nosso corpo SEMPRE deve ser submetido a análise, ou seja, exame anátomo patológico para saber sua origem e se há anormalidades ou não.
Tratamento para Câncer de Pele
O procedimento mais adotado no tratamento do câncer de pele é a cirurgia para remoção do tumor, que pode ser feita através de técnicas diferentes como:
Cirurgia Convencional
É o tipo de operação mais comum, onde a lesão de pele é removida com uma margem de segurança, ou seja, retirando-se também uma área saudável no entorno do tumor para garantir que todas as células malignas sejam removidas.
Cirurgia Micrográfica de Mohs
É uma técnica cirúrgica meticulosa e relativamente nova no Brasil, usada especificamente para tumores do tipo carcinoma basocelular (CBC) ou espinocelular (CEC) na região do rosto. A ressecção da lesão é feita retirando-se finas camadas de pele, que são submetidas a avaliação patológica imediata, simultaneamente ao ato cirúrgico, o que permite guiar o cirurgião na remoção precisa da área doente durante o procedimento, minimizando a extração de pele saudável, e resultando em cicatrizes menores e menos profundas.
Criocirurgia
É uma técnica que trata a lesão cancerígena através do congelamento de células com nitrogênio líquido, indicada para carcinomasin-situ, isto é, tumores bem delimitados e superficiais.
Eletrocuretagem
Também chamada apenas de curetagem ou eletrodissecção, essa técnica utiliza uma cureta (instrumento cortante) para remover o tumor por raspagem. Posteriormente a área afetada é cauterizada com um bisturi eletrônico, cuja corrente elétrica auxilia a estancar o sangramento, melhorar o processo cicatricial e remover células malignas que porventura não tenham sido retiradas com a cirurgia. Uma desvantagem desse tipo de procedimento é que gera dificuldade para a análise da lesão removida e suas margens.
A depender da área implicada pela lesão e sua extensão, a cirurgia de câncer de pele pode requerer algum tipo de reconstrução das estruturas da face ou pescoço, semelhante a uma cirurgia plástica.
É importante ressaltar que o cirurgião de cabeça e pescoço sempre fará o planejamento da cirurgia, visando gerar a menor sequela possível, pois o objetivo do tratamento é a cura e a manutenção da qualidade de vida do paciente, com reabilitação funcional e estética.
Terapia-alvo
Especificamente nos casos de câncer de pele tipo melanoma, ou opções de exceção, o tratamento pode ser feito com medicamentos como Vemurafenib, Nivolumabe ou Ipilimumab, que possuem um importante papel no fortalecimento imunológico, ajudando a eliminar células malignas.
Terapias Tópicas
Existem ainda outras opções, não cirúrgicas, para tratamento e prevenção do câncer de pele, com aplicação tópica, sobre a área acometida, de medicamentos como Imiquimod (opção alternativa para tumores malignos) ou Efurix (para lesões pré-malignas). Além delas a radioterapia exclusiva também pode ser indicada, em alguns casos selecionados.
Será preciso fazer mais algum tratamento além da cirurgia de câncer de pele?
Quando existe o acometimento locoregional, ou seja, o tumor se expandiu para áreas vizinhas à lesão original ou a depender da localização e tamanho, também pode ser indicada a retirada dos linfonodos próximos à lesão. Por exemplo, quando um tumor na orelha é removido, pode ser indicada também a retirada do linfonodo do pescoço, do mesmo lado da orelha acometida.
Há casos em que é recomendável fazer a pesquisa de linfonodo sentinela, removendo, durante o procedimento cirúrgico de ressecção do tumor, o primeiro linfonodo que pode ser acometido por células tumorais malignas (por isso denominado sentinela) e enviando esse tecido para análise patológica. Esta permitirá conhecer o seu estadiamento regional, ou seja, saber qual é o seu grau de acometimento do linfonodo, sinalizando se a cadeia ganglionar está livre de metástases.
Nos casos em que possa ser considerado isento de metástase, a realização do esvaziamento linfonodal parcial ou completo é evitada, poupando o paciente de ser submetido a um procedimento agressivo, que pode gerar complicações limitantes.
A depender do tipo e estadiamento do tumor, após a cirurgia pode ser indicada a complementação com radioterapia ou outros tratamentos oncológicos, como quimioterapia ou imunoterapia.
Qual a chance de cura do Câncer de Pele?
O câncer de pele tem até 90% de chance de cura quando diagnosticado precocemente e tratado da forma adequada, até mesmo para tipos de tumores mais agressivos como o melanoma e o carcinoma de Merckel.
Tumores do tipo carcinoma basocelular raramente geram metástases, por essa razão, são mais fáceis de tratar e não representam alto risco de vida.
Nos casos em que a cura não é possível, os tratamentos atuais vêm se demostrando muito eficazes na redução dos sintomas e aumento da expectativa de vida dos pacientes.
Que médicos tratam o Câncer de Pele?
O câncer de pele pode ser tratado por médicos oncologistas especialistas em cabeça e pescoço (para lesões localizadas nessas áreas), ou por dermatologistas e cirurgiões oncológicos, para tumores em outras partes do corpo, ou mesmo por cirurgiões plásticos.
A depender da técnica cirúrgica que será utilizada é importante que o cirurgião tenha formação específica, garantindo o manejo adequado do instrumento/tecnologia utilizada ou uma equipe combinada, multidisciplinar.
Onde fazer Cirurgia de Câncer de Pele em São Paulo?
A maioria dos hospitais na cidade de São Paulo possuem estrutura adequada para realizar cirurgias de câncer de pele e tratamentos oncológicos.
Entre em contato com nosso atendimento por telefone ou whatsapp para saber onde a Dra. Christiana realiza o tratamento para câncer de pele em São Paulo - SP.
Qual o preço de uma cirurgia de Câncer de Pele?
O valor de uma cirurgia de câncer de pele pode variar de acordo com a indicação, técnica escolhida, equipe médica que realizará o procedimento e a escolha do hospital onde será realizada, devendo ser informada ao paciente pelo cirurgião que o atenderá durante a consulta médica.
A maioria dos convênios médicos possuem cobertura para esse procedimento e ele também pode ser realizado mediante reembolso do plano de saúde.
Para agendar uma consulta e obter informações sobre quanto custa uma cirurgia de câncer de pele particular ou, se deseja saber quais são os planos de saúde e hospitais atendidos pela Dra. Christiana, por favor entre em contato com nosso atendimento por telefone ou whatsapp.
Texto escrito por:
Dra. Christiana VanniMédica e Cirurgiã de Cabeça e Pescoço
Especialista em Câncer de Pele SP
CRM/SP 120.060 - RQE 31.305
A Dra. Christiana Vanni é médica Especialista em Cirurgia de Cabeça e Pescoço e tratamentos oncológicos pela Faculdade de Medicina do ABC (FMABC), pós graduada em Cirurgia Robótica de Cabeça e Pescoço pelo Hospital Israelita Albert Einstein, possui título de Doutorado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP).
Atendimento particular nos consultórios da Vila Mariana e Itaim Bibi e também na modalidade on-line, para pacientes em todo o Brasil e exterior. Credenciada nos melhores hospitais de São Paulo/SP, com ampla atuação na cidade.
Saiba mais sobre a Dra. Christiana Vanni
Currículo Lattes:
http://lattes.cnpq.br/0015992915263064
Doctoralia: https://www.doctoralia.com.br/christiana-vanni
Linkedin: @drachristianavanni
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