Amígdalectomia (Cirurgia das Amígdalas)
Amigdalectomia
Antes de falar sobre a cirurgia de amígdalas é importante conhecer sua função e os principais problemas que podem afetá-las.
As amígdalas, também denominadas “tonsilas palatinas”, de maneira geral são massas de tecido linfoide que podem ser diferenciadas de acordo com sua localização. Por exemplo, as “tubárias” ficam próximas da trompa de Eustáquio (ou tuba auditiva), as “linguais” ficam na base da língua, as do tipo “adenoide” (ou tonsila faríngea) ficam atrás do nariz e as “palatinas”, localizam-se nas laterais da garganta.
Hoje sabe-se que elas desempenham um papel importante em nossa saúde e bem-estar. Antigamente, quando ainda não existiam antibióticos e as inflamações de garganta poderiam oferecer risco à vida ou dificuldades em falar, engolir e até respirar, costumava-se retirar as amígdalas, que eram consideradas inúteis ou nocivas ao corpo humano.
Porém, descobriu-se que as amigdalas são grandes aliadas do sistema imunológico. O seu funcionamento está relacionado à proteção contra infecções causadas por germes, vírus e bactérias, que possam entrar pela boca ou nariz, principalmente durante a infância. Por serem reconhecidas como a primeira barreira de defesa do organismo, a conduta atual dos médicos é tentar preservar o órgão ao máximo, exceto casos em que sua retirada seja realmente necessária.
Quando é necessário retirar as amigdalas?
Nem sempre é preciso retirar as amígdalas, principalmente se a inflamação puder se controlada com medicação. No entanto nos casos abaixo a cirurgia é indicada:
- Presença de nódulo que apresente crescimento progressivo, suspeita ou diagnóstico de malignidade: o exame clínico da boca e pescoço realizado pelo médico pode detectar se o nódulo possui características suspeitas, principalmente quando há o aumento de volume unilateral. A suspeita pode ser confirmada por outros exames como raio-x, tomografia computadorizada, PET-Scan, ressonância magnética, entre outros. Nessa situação o médico especialista poderá investigar com uma punção por agulha fina (PAAF) do nódulo, para que o seu conteúdo seja analisado (avaliação citológica) ou biopsia incisional, confirmando ou não o diagnóstico de câncer de amígdalas.
- Amigdalite crônica ou resistente: quando existe um quadro de inflamação das amígdalas recorrente (mais de 3 vezes ao ano) ou muito intenso, que não pode ser controlado com uso de antibióticos via oral, prejudicando a qualidade de vida do paciente e podendo gerar queda da imunidade, dor crônica, disfagia e disfonia, alteração respiratória, náusea, dificuldade de comer e/ou desidratação.
- Abscesso peritonsilar: quando ocorre o acúmulo de pus atrás das amígdalas, gerando disseminação da infecção para as áreas adjacentes, que não pode ser controlado com uso de antibióticos ou drenagem.
- Mal hálito: por ser um órgão formado por criptas (pequenas bolsas), partículas de alimentos podem se acumular gerando focos de infeção e mal hálito (halitose).
- Hipertrofia das amígdalas: quando a glândula cresce excessivamente e seu tamanho fica muito acima do normal, gerando sintomas obstrutivos que podem dificultar a respiração, ocasionar ronco, apnéia do sono e/ou alteração da voz.
Todo nódulo nas amigdalas é câncer?
Não, nem todo nem todo nódulo nas amígdalas é cancerígeno. Também podem se desenvolver tumores benignos na amígdala como angiomas, linfangioma polipoide da amígdala, pólipo tonsilar hamartomatoso, pólipo linfoide ou pólipo tonsilar linfangiomatoso, embora tumores benignos nessa região sejam raros.
Para os casos de tumores benignos da amigdala também está indicada a ressecção cirúrgica.
O que é Amigdalectomia?
A cirurgia das amígdalas, também chamada de amigdalectomia, é um procedimento para tratamento de doenças benignas ou malignas, em que é feita a ressecção parcial ou total do tecido linfoide.
Quando envolve a retirada das adenoides, essa cirurgia é denominada adenoamigdalectomia.
A seguir abordaremos as características do procedimento de forma mais aprofundada, vamos conhecer?
Se você busca tratamento cirúrgico ou tem dúvidas sobre sua condição clínica, entre em contato conosco para agendar uma consulta.
A cirurgia de amigdala deixa cicatriz?
Não. Como a cirurgia para retirada da amígdala é realizada por dentro da boca, o procedimento não deixa cicatriz aparente, a cicatriz ficará localizada no pilar amigdaliano (músculo intra oral).
Como funciona a Cirurgia de Amigdala?
Existems diferentes formas de realizar a amigdalectomia, conheça as principais:
Cirurgia Convencional das Amígdalas
A amigdalectomia é um procedimento relativamente simples, que pode durar de 30 a 90 minutos em média, realizado sob anestesia geral, em ambiente hospitalar.
A cirurgia convencional é feita através da cavidade oral, sem deixar cicatrizes externas. O cirurgião faz uma pequena incisão na borda anterior da tonsila, para que ela seja exposta e removida.
Recentemente foram introduzidas novas técnicas que oferecem maior proteção e comodidade aos pacientes que precisam remover as amígdalas:
Shaver Microdebridador
Uma alternativa à técnica de curetagem convencional das adenoides, que apresenta maior precisão e gera menos trauma. O microdebridador é um equipamento guiado por videoendoscopia que tritura e aspira a glândula de forma completa, diminuindo a chance de rescidiva.
Cirurgia Robótica Transoral - TORS (Transoral Robotic Surgery)
Para alguns tipos de lesões benignas e malignas, que se espalham para outras topografias da orofaringe, é possível realizar a mesma remoção do tumor com tecnologia robótica, de forma menos invasiva que a cirurgia convencional, por via intra oral, com visão ampliada e sem cortes externos que deixem cicatriz aparente.
Em casos de tumores malignos na amígdala, quando existe o risco do câncer se espalhar para outras partes do corpo e oferecer risco à vida, pode ser necessário fazer também a retirada dos linfonodos próximos à glândula, procedimento conhecido como “esvaziamento cervical”.
Após o procedimento, o paciente deve ficar em observação por algumas horas, para recuperação dos efeitos da anestesia, monitoramento de dores e sangramento. Não havendo intercorrência é possível ter alta no mesmo dia.
Cirurgia de amigdala é perigosa? Quais são os riscos?
Na maioria dos casos há uma incidência baixa de problemas, mas sempre existirá algum risco de complicações cirúrgicas sendo as principais: dor no pós operatório, desconforto para engolir (odinofagia) e sangramento.
Outros riscos da cirurgia de amígdalas são: vômito, náusea, tosse, febre, edema pulmonar, alteração da voz, insuficiência velofaríngea (fechamento incompleto da válvula localizada entre a oro e a nasofaringe, gerando aspiração e voz anasalada), estenose da nasofaringe (estreitamento do canal que comunica a oro e a nasofaringe), infecção de sítio cirúrgico, ou seja, riscos inerentes aos procedimentos cirúrgicos desse tipo e à anestesia geral.
Qual é o preparo para Cirurgia de Amigdala?
Antes do procedimento serão solicitados exames de sangue, coagulograma, eletrocardiograma, e exames de imagem como ultrassonografia, tomografia computadorizada ou ressonância magnética da amígdala. A depender do caso e da causa pode ser solicitada também a realização de polissonografia.
Na véspera do procedimento é necessário jejum total de 8 horas e a suspensão de alguns medicamentos como inibidores da agregação plaquetária, que podem aumentar o sangramento durante a operação e prejudicar a cicatrização no pós-cirúrgico.
Quais são os cuidados pós-operatórios da Cirurgia de Amigdala?
Os cuidados, tempo de recuperação e sintomas no pós-operatório pode variar de acordo com a extensão da cirurgia, mas em geral a recuperação da amigdalectomia dura de uma a duas semanas.
É imprescindível que o paciente siga todas as recomendações do cirurgião para o sucesso da cirurgia e uma melhor recuperação, principalmente não pegar peso ou fazer esforço físico, não tomar sol e não consumir alimentos quentes nos primeiros dias.
Nos primeiros cinco a sete dias é maior a incidência de dor de garganta, e para isso o médico poderá prescrever medicação analgésica. Também é indicado nesse período:
- Aumentar a ingestão de líquidos
- Alimentação pastosa e fria
- Evitar frituras e derivados de leite
Em caso de febre ou hemorragia o paciente deve procurar o médico imediatamente.
Será preciso complementar a Cirurgia de Amigdala com outros tipos de tratamento?
Como a retirada das amigdalas e adenoides não prejudica o organismo, não será necessário tomar medicação para melhorar a imunidade e evitar outras infecções.
Nos casos de câncer de amígdala, após a cirurgia pode ser indicada a radioterapia ou outros tratamentos oncológicos, a depender das características do tumor e o seu grau de sua evolução.
Quais as consequências da retirada das amigdalas?
Retirar as amígdalas não causa prejuízo ao sistema imunológico, uma vez que outros órgãos também atuam na defesa do organismo. Mas existe o risco de o paciente ficar mais susceptível a infecções de faringe e de pulmão.
Que médicos fazem Cirurgia da Amigdala?
O médico indicado para fazer a amigdalectomia é o Cirurgião Especialista em Cabeça e Pescoço ou o Otorrinolaringologista.
Onde fazer Cirurgia de Amigdala em São Paulo?
A maioria dos hospitais na cidade de São Paulo possuem estrutura adequada para realizar a cirurgia de amígdala. Entre em contato com nosso atendimento por telefone ou whatsapp para saber onde a Dra. Christiana realiza a cirurgia das amígdalas em São Paulo - SP.
Qual o preço da Cirurgia de Amigdalas?
O valor da cirurgia de amígdalas pode variar de acordo com a indicação e o tipo de técnica, equipe médica que realizará o procedimento e a escolha do local onde será realizada, devendo ser informada ao paciente pelo cirurgião que o atenderá durante a consulta médica.
Em geral, os convênios médicos possuem cobertura para esse procedimento e ele também pode ser realizado mediante reembolso do plano de saúde ou através de acordos particulares.
Para agendar uma consulta e obter informações sobre quanto custa a cirurgia da amígdala particular ou, se deseja saber quais são os planos de saúde e hospitais atendidos pela Dra. Christiana, por favor entre em contato com nosso atendimento por telefone ou whatsapp.
Texto escrito por:
Dra. Christiana VanniMédica e Cirurgiã de Cabeça e Pescoço
Especialista em Amigdalectomia e Adenoamigdalectomia
CRM/SP 120.060 - RQE 31.305
A Dra. Christiana Vanni é médica Especialista em Cirurgia de Cabeça e Pescoço e tratamentos oncológicos pela Faculdade de Medicina do ABC (FMABC), pós graduada em Cirurgia Robótica de Cabeça e Pescoço pelo Hospital Israelita Albert Einstein, possui título de Doutorado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP).
Atendimento particular nos consultórios da Vila Mariana e Itaim Bibi e também na modalidade on-line, para pacientes em todo o Brasil e exterior. Credenciada nos melhores hospitais de São Paulo/SP, com ampla atuação na cidade.
Saiba mais sobre a Dra. Christiana Vanni
Currículo Lattes:
http://lattes.cnpq.br/0015992915263064
Doctoralia: https://www.doctoralia.com.br/christiana-vanni
Linkedin: @drachristianavanni
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